Comissão de Direitos Humanos organiza audiência pública para discutir denúncias de exploração na rede privada de ensino

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias, presidida pelo deputado Dr. Yglésio (PROS), realizou, na tarde desta quarta-feira (4), na Sala das Comissões, reunião com representantes de pais de alunos da rede privada, para discutir os encaminhamentos para a realização de uma audiência pública, a ser realizada dia 1º de abril, às 14h, quando serão analisadas as denúncias de exploração que estariam sendo cometidas por escolas particulares em São Luís.

Dentre as denúncias feitas pelos representantes dos pais, constam aumento abusivo de mensalidades, venda casada de livros e materiais didáticos, além de artifícios que elevam o preço dos cursos de língua estrangeira e outras irregularidades. O deputado Dr. Yglésio afirmou que esta reunião preparatória já alcançou um dos objetivos: a formatação de uma pauta.

“Esta audiência começou a ser elaborada ainda no recesso, durante vários encontros com pais de estudantes, por conta de denúncia da implantação de cursos bilíngues na escola a custos altíssimos, com taxas embutidas. Daí, outras questões vieram à tona e decidimos que realizaremos a audiência em 1º de abril e já temos uma extensa pauta, da qual podemos destacar questões como custo do material escolar; implantação de cursos bilingues; segurança nas escolas; fardamento e até qualificação de professores”, destaca o parlamentar.

Marcelo de Freitas, um dos representantes do grupo de pais de alunos, afirmou que a situação é dramática para quem quer educar os filhos na rede privada de ensino no Maranhão. Ele destacou que os empresários atuam como autênticos exploradores.

“Eles aumentam as mensalidades anualmente entre 10 a 13%, embutem taxas absurdas e incorrem até em sonegação fiscal. Isso tem que ser apurado. Fomos em todos os órgãos de fiscalização, sem resultados práticos, até porque já se teve até decisões judiciais em favor dos empresários do setor, o que nos entristece. Nossa esperança agora é a Assembleia Legislativa”, disse.