Nota de esclarecimento

Sobre as recentes notícias veiculadas em blogs, de que o presidente do PDT-MA, o senador Weverton, “veta” a minha saída do partido, venho fazer algumas considerações, após conversar com o mesmo na sede do PDT, às 11:35 do dia 09/09/2019:

  1. Nunca discuti no partido a legitimidade da candidatura do vereador Osmar Filho, até por acreditar que o mesmo tem buscado condições políticas dentro da legenda para pleitear a sucessão de Edivaldo Holanda Jr.
  2. Minhas declarações prévias nunca apontaram para qualquer possibilidade de disputa interna no PDT, contra quem quer que seja.
  3. É legítima, não apenas para mim, mas como para qualquer filiado, a possibilidade de buscar viabilizar seu projeto de pré-candidatura a qualquer cargo que seja.
  4. Não aparece, em nenhum momento do vídeo, a declaração de que Weverton “veta” minha saída do PDT. O mesmo, em nossa conversa reservada, como democrata que é, em nenhum momento colocou empecilho a uma eventual mudança de partido minha, caso eu consiga viabilidade.
  5. Nunca fui homem de embarcar em projetos sem viabilidade, nem de forçar situações, muito menos de impor constrangimentos a outrem no curso de minhas relações políticas. Porém, é inegável que há no pleito que se avizinha a oportunidade aberta para aqueles que de fato querem discutir soluções para a cidade.
  6. Tenho apreço ao PDT e à sua história, porém considero legítimo também colocar meu nome à disposição de São Luís e é com esse mesmo apreço, misto de admiração e respeito, como alguém que quer sempre somar e jamais atrapalhar, que considero a possibilidade de encontrar outra casa partidária.
  7. Reafirmo minha pré-candidatura, pois estamos em um momento pré-eleitoral, onde a população deve ter a oportunidade de avaliar os melhores projetos, mandatos, biografias e na eleição escolher o que melhor convier para o futuro da cidade.

O caminho do PDT em 2020

O PDT paga o preço dos vitoriosos nas eleições de São Luís. Só que vencer uma eleição é uma coisa, governar é outra. Peguemos o caso do atual prefeito, que se reelegeu em um pleito dificílimo contra um candidato de elevado controle emocional e discurso fácil, que se transformou no deputado mais votado da cidade. Hoje, este Eduardo Braide desponta como franco favorito nas eleições, porém a história já mostrou “bichos-papões” que nascem do sentimento antissituação e que, confrontados com uma nova leva de candidatos, terminam sendo desmistificados e desidratam. Eduardo é o favorito? Sem sombra de dúvidas. Ele é imbatível? Jamais!

​Um dos pilares de enfrentamento desta eleição será a avaliação do legado do PDT na cidade. Mesmo com um prefeito filiado à sigla, só é possível ao partido assumir os resultados das pastas que lhe cabem. A verdade é que há muitos anos o PDT não lidera as principais políticas públicas na capital. Crises financeiras atravessamos, porém isso não pode ser desculpa. O enfrentamento de algumas questões cruciais como transporte, folha de pagamento, custeio de máquina, aumento de arrecadação não foram feitos. Quatro anos de Castelo, 6 anos de Edivaldo colocaram o partido em posições secundárias, pois a maioria das secretarias-chave abrigam uma maioria de não-políticos. O pedetista que se destaca hoje na gestão Edivaldo é o Ivaldo Rodrigues, com a excelente feirinha do centro. E praticamente para por aí…

​A Imprensa insiste em dizer que nossos candidatos não têm condições de crescer no pleito; seja Osmar Filho, que é presidente do legislativo municipal ou o deputado Yglésio, autor deste texto, que foi o sexto estadual mais votado na cidade e que tem um histórico considerável de serviços, especialmente na saúde. Osmar tem buscado modernizar a Câmara Municipal. No caso do autor do texto, este tem atuado na modernização da Assembleia e obtido êxito na implantação de um trabalho Legislativo extremamente técnico. Em pesquisas de opinião recentes, ambos os pré-candidatos pedetistas pontuam aquém do que gostaríamos, mas se tem algo que as eleições de São Luís ensinam é que, mais importante que pesquisas muito distantes do pleito, é fundamental um perfil de candidato que agregue coragem, conhecimento e responsabilidade, sem esquecer do carisma. Sabemos que cresceremos.

​Outro ensinamento histórico é que os ilusionistas e atores de picadeiro que costumam largar na frente são desmascarados no curso do processo; seja nos debates ou nos fóruns de discussão perante a classe política, permitindo ao povo separar joio do trigo. Ter 20 ou 30 pontos em uma pré-campanha onde o nível de conhecimento das pré-candidaturas é pequeno, distancia os coelhos na corrida inicialmente, mas algo que tem sido muito claro é que as tartarugas, com consistência e passos firmes, terminam vencendo as competições. Dino com 2% em abril de 2008, Edivaldo com 2% um ano antes da eleição de 2012, Witzel no Rio com 1% em agosto de 2018, Haddad iniciando com 2% em 2012 em São Paulo. Em comum, todos desacreditados na largada… ao final, quase todos vitoriosos. Neste momento, imperioso é respeitar a grandeza do PDT de Jackson e de Brizola em São Luís. Estamos no jogo, sabemos jogar e jogamos sempre pra vencer!