“O excesso de trabalho está instalado”, diz Yglésio sobre profissionais da saúde

Na sessão plenária desta terça-feira (2), o deputado Yglésio Moyses (PROS) falou sobre as atuais condições de trabalho dos profissionais da saúde no Maranhão, situação ainda mais complicada em função do atual momento da pandemia.

“A realidade que a gente conversa com os colegas das emergências, as pessoas que estão fazendo atendimento diário de Covid-19 é que os plantões estão cheios, falta de material e há excesso de trabalho”, exclamou o deputado.

No ano passado, no ápice da primeira onda da pandemia, o deputado solicitou a concessão do adicional de 40% de insalubridade, e não os 20% que o executivo estadual queria conceder, segundo ele, como uma forma de valorizar esses profissionais por três meses. Apesar disso, Yglésio disse que os profissionais não foram valorizados como mereciam e que ainda sofrem com a insegurança.

“O reconhecimento que os profissionais de saúde tiveram foi muito aquém do que deveria ter sido. A verdade é que estão todos no limite. Os médicos convivem com a insegurança nos seus empregos, nas suas quarteirizações, na verdade”. A tendência é que abram licitações incluindo serviços no estado, para reduzir ainda mais o valor do plantão. Plantão que já foi reduzido em mais de 10% do valor real, fora os quase nove anos de congelamento de valor do trabalho do médico no Maranhão”, afirmou.

O deputado também tratou das outras classes dos profissionais da saúde. “Em relação aos outros profissionais (não médicos), a situação é tão ruim quanto, porque, além de terem pouquíssimos sinais de reajuste, eles têm salários muito baixos e condições de trabalho que estão muito aquém do que deveria ser ofertado”, concluiu.

O Estado vê, mais uma vez, a situação da pandemia piorar, de acordo com o deputado. Os números apontam para um crescimento na ocupação de leitos em todo o Maranhão, dando destaque para o colapso na saúde imperatrizense, que precisou transportar pacientes para a capital. Esta que, por sua vez, também se vê à beira de um colapso, caso não sejam aplicadas medidas de contenção da doença.

Essa situação incide diretamente sobre os profissionais da saúde, pois, por conta da demanda sempre crescente, o volume de trabalho cresce e a qualidade dos serviços prestados e a valorização deles seguem no sentido contrário, conforme destacou o parlamentar.

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