Consórcios de saúde: um por todos, todos pelo SUS!

O SUS, desde sua implantação com a Constituição de 1988 e a regulamentação pela lei 8080/90, parece ter chegado ao seu limite de financiamento. A Emenda Constitucional 95, que decretou o teto dos gastos públicos por 20 anos, trouxe imensos complicadores para a gestão financeira do sistema. Estimativas indicam que o orçamento da Saúde deverá perder cerca de 400 bilhões de reais até 2036.  A pergunta a ser respondida é: o que fazer com muito menos dinheiro em caixa a partir de agora?

A experiência moderna nos mostra que otimizar os recursos de maneira regionalizada é uma boa solução. Em matéria de otimização de recursos, interessante é a alternativa dos consórcios intermunicipais. Os consórcios administrativos intermunicipais vêm sendo adotados há décadas, tendo a Constituição de 1937 (artigo 29) disposto sobre o agrupamento de municípios para administração de serviços públicos. Entretanto, somente a partir dos anos 80, com o início do processo de descentralização, essa forma de associação ganhou espaço, especialmente na busca de soluções de problemas comuns para os municípios.

Consórcio significa, jurídica e etimologicamente, a união ou associação de dois ou mais de dois entes da mesma natureza. O consórcio não é um fim em si mesmo; constitui, sim, um instrumento, um meio, uma forma para a resolução de problemas ou para alcançar objetivos comuns. O consórcio intermunicipal na área da saúde é visto como uma associação entre municípios para a realização de atividades conjuntas referentes à promoção, proteção e recuperação da saúde de suas populações. Como iniciativa eminentemente municipal, reforça o exercício da gestão conferida constitucionalmente aos municípios no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Utilizado como instrumento de estímulo ao planejamento local e regional em saúde, o consórcio possibilita, além disso, a viabilização financeira de investimentos e contribui para a superação de desafios locais no processo de implementação do Sistema. Para os municípios de pequeno porte, representa a possibilidade de oferecer para suas populações atendimento de maior complexidade. A manutenção de um hospital, por mais básico que seja, requer equipamentos, um quadro permanente de profissionais e despesas de custeio, que significam gastar durante o ano um volume de recursos cada vez mais elevado, já que a inflação na saúde se comporta de maneira muito mais agressiva do que a inflação de índices oficiais.

É natural, portanto, que as prefeituras tenham cada vez mais dificuldades para arcar com os compromissos num sistema de saúde predominantemente hospitalar. Com menos recursos e despesas crescentes, o que fazer? Muitos iriam pelo caminho simples de transferir responsabilidades para o nível estadual de atenção, porém, até quando esses estados, sufocados em suas folhas de pagamento e déficits de previdência conseguiriam suportar? A resposta é: pouco tempo. Muito pouco.

Quando analisamos a distribuição regional dos serviços de saúde no Maranhão, é importante destacar o esforço do Governo do Estado em instalar serviços especializados em regiões antes abandonadas. Contudo, o orçamento da saúde hoje é de 2 bilhões e 349 milhões de reais e mesmo assim a pasta executiva ainda opera no vermelho. Há uma evidente e justa pressão dos usuários por uma oferta cada vez maior de serviços, mas a conta insiste em não fechar. Diante disso, um sistema de serviços regionalizado que seja gerido por meio de consórcio, adotando um cofinanciamento entre estados e municípios, pode injetar, mais do que recursos financeiros, uma dose extra de sustentabilidade ao sistema, já que cada município da região, agora partícipe e cogestor do arranjo assistencial, consegue contribuir na medida de suas possibilidades financeiras com o custeio e operacionalização da rede regional. Estruturas hospitalares complexas, tais como centros de hemodiálise, passam a ser projetos mais viáveis no interior do estado, já que o próprio desenho da rede imprime uma racionalização do sistema, no que tange ao financeiro e à própria dinâmica dos processos.

Em tempos de crise, é preciso que os entes federados e os próprios atores políticos deem as mãos, enxergando e construindo soluções conjuntas. O caminho da sobrevivência no tenebroso reino dos cortes de gastos que insistem em fragilizar o sistema passa justamente pela necessária divisão de contas que podem ser divididas e pela união de recursos que podem ser conjuntamente aplicados pelos municípios. Consórcios de saúde oxigenam o SUS que agoniza e garantem a este paciente (quase terminal) uma boa sobrevida. Por um SUS que é de todos, sejamos todos pelo SUS!

“Menos discurso e mais ação”, cobra deputado Dr. Yglésio ao comentar fortes chuvas na região metropolitana de São Luís

A discussão sobre as consequências das chuvas que castigaram São Luís no último final de semana tem sido tema do inicio desta semana na Assembleia Legislativa do Maranhão. Na sessão plenária deste terça-feira (26), o deputado estadual Dr. Yglésio (PDT) defendeu que a discussão sobre o tema seja de forma propositiva e de forma permanente, para pensar em soluções em pequeno, médio e longo prazo.

“A culpa não é exclusiva do Governo do Estado, nem somente da Prefeitura de São Luís, como a visão política mais tacanha gostaria de provar”, disse o deputado. Dr. Yglésio lembrou da inundação de condomínios fechados, a exemplo do localizado no Cohab Anil IV. “Era para estarmos aqui comemorando a chuva, que normalmente traz vida aos rios que correm o risco de morrer, mas o que a chuva trouxe, mais uma vez, foram lágrimas e inundação para os moradores dos condomínios localizados na Maioba e Cohab Anil IV”, lamentou.

O deputado falou na tribuna sobre o volume da chuva, o maior registrado nos últimos 48 anos. O Instituto Nacional de Meteorologia começou a fazer o registro das chuvas no ano de 1971. “O volume foi de 236,3mm em apenas 24 horas. Significa 51% da média de chuva normal para todo o mês de março”, registrou.

Ação dos parlamentares

Em defesa do debate profundo sobre o tema, o parlamentar defendeu que ação dos parlamentares para garantir direitos às famílias atingidas e fazer cumprir a Lei estadual Nº 10.200/2015. “Temos que agir para fazer nosso papel de parlamentar e saber se a lei que institui a Política Estadual de Gestão e Manejo Integrado de Águas Urbanas está sendo cumprida”, ponderou.

Ao citar o artigo 5º da Lei 10.200/2015, o Dr. Yglésio (PDT) lembrou que a responsabilidade sobre a Gestão das Águas Urbanas não é somente de entes públicos. “É também responsabilidade dos entes privados cujos empreendimentos envolvam impermeabilização e parcelamento do solo para fins urbanos”, lembrou. O parlamentar aproveitou para cobrar a responsabilidade de construtoras. “Então, o que falta para que as construtoras responsáveis pelos condomínios inundados durante as chuvas na capital sejam responsabilizadas?”, cobrou.

Na visão do parlamentar é necessário discutir mais o Plano Diretor de São Luís. “Algumas propostas do Plano Diretor é de redução de mais de 40% de área rural da cidade e a diminuição de 162 hectares nas áreas de recarga dos aquíferos de onde, inclusive, se extrai a água consumida”, disse. Para o deputado é necessário que o crescimento metropolitano de São Luís seja de maneira sustentável.

“Hoje, todas as grandes e importantes cidades caminham para o desenvolvimento sustentável e não o negligenciam. Embora a preocupação com o descarte irregular de resíduos sólidos seja nítida na gestão do prefeito Edivaldo, que instalou 11 Ecopontos em São Luís”, o deputado também lembrou que a educação ambiental é de competência comum entre os entes federados e a população precisa estar mais consciente. “A despeito de todos estes Ecopontos instalados por nossa cidade, o comum é olhar o descarte irregular de lixo por parte da população”.

A qualidade das obras públicas também preocupou o deputado Dr. Yglésio e mais uma vez cobrou responsabilização destas empresas. “Obras de drenagem chegam no máximo a 16% do custo total da obra e jamais poderiam ser negligenciadas”, cobrou.

“Nosso papel, neste momento, é de mudar a nossa forma de atuação, com mais ação e menos discurso. Se não mudarmos, como esperar que os outros queiram fazer isso”, finalizou parafraseando Nelson Mandela.

Deputado Dr. Yglésio apresenta PL que garante 20% das vagas em concursos da PM e CBM para egressos de escolas militares

O sonho de seguir a carreira militar pode nascer bem cedo no coração de uma criança. As escolas militares acabam de certa forma moldando este sonho de uma criança e adolescente para um dia seguir na carreira na Policia Militar ou mesmo no Corpo de Bombeiros do estado do Maranhão.

Na sessão desta quinta-feira (21) na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Dr. Yglésio (PDT), lembrou da homenagem ao Corpo de Bombeiros proposta pelo deputado Neto Evangelista (DEM) nesta quarta-feira (20). O deputado Dr. Yglésio (PDT) frisou que é importante reconhecer a importância de valorizar os militares.

“Em reconhecimento a esses bravos guerreiros e guerreiras que apresentamos o projeto de lei que dispõe sobre sistema de reservas de vagas, em concursos do Corpo de Bombeiros e Policia Militar, para alunos oriundos das Escolas Militares do Corpo de Bombeiro e da Policia Militar do Estado do Maranhão”, destacou o deputado Dr. Yglésio (PDT) que vai propor um sistema de reservas de vagas em concursos da Policia Militar e Corpo de Bombeiros para o cargo de soldados.

O deputado pedetista avalia que as escolas militares têm bons indicativos no rendimento de seus alunos e o perfil destes alunos podem ser aproveitados nas corporações da PM e CBM. “Estas crianças entram na Escola Militar a partir do sexto ano (antiga quinta série) e saem no terceiro ano do ensino médio com ótimo desempenho. Só na Escola Militar do Corpo de Bombeiros, forma por ano 130 alunos do Ensino Médio, com uma média de 55 aprovações em vestibulares e outros concursos. O governo do Maranhão deve criar mais três escolas militares, mais talentos devem ser formados nestas escolas. Por isso, não podemos desperdiçar estes talentos nas nossas corporações”, defendeu Yglésio.

Iniciativa do Poder Executivo

Esse tipo de matéria é de iniciativa do Governo do Estado, cabendo a Assembleia Legislativa enviar o Anteprojeto de Lei, na forma de Indicação. O conteúdo do Anteprojeto foi tratado em reunião os comandantes do Corpo de Bombeiros, coronel Célio Roberto e o comandante da Polícia Militar, Coronel Luongo. O parlamentar acredita que o projeto valoriza as instituições e valoriza o ingresso na carreira militar. “Esta é uma certeza comungada com o comandante do Corpo de Bombeiros, o coronel Célio Roberto e o comandante da Policia Militar, e o coronel Luongo, com quem tratei do tema, aqui, nesta casa.”, afirmou.

Por ser de iniciativa do Poder Executivo, o deputado espera acompanhar o trâmite para aprovar a Lei. “Por se tratar de PL de iniciativa do executivo, apresentaremos um Anteprojeto como Indicação nesta casa e acompanharemos até que vire lei.”, finalizou.

Indicação do Deputado Dr. Yglésio pode beneficiar Lago da Pedra com asfalto e segurança pública

O deputado Dr. Yglésio apresenta projeto de indicação para beneficiar a cidade de Lago da Pedra com asfalto para 5 bairros e aumento do efetivo para Polícia Militar e nova viatura.

O deputado que teve 2996 votos em Lago da Pedra solicitou em caráter de urgência a inclusão, no Programa Mais Asfalto, dos bairros Planalto, Vieira Neto, Waldir Fialho, Vila Mangueira e Rua 7.

Também pediu ao governador do estado, Flávio Dino e ao secretário de segurança, Jefferson Portela o aumento do efetivo da Polícia Militar que atua no município de Lago da Pedra. Estas intervenções foram destaque do médico Yglésio durante a sessão na Assembleia Legislativa do Maranhão desta quarta-feira (13). No uso da tribuna do Plenário Nagib Haickel, Yglésio aproveitou para registrar a presença da liderança política de Lago da Pedra, Pablo Sales, filho do político Geraldo Cantingueiro.

“Faço o relato das indicações que fizemos da MA que liga Lago da Pedra e Paulo Ramos, é importante recuperar essa via e aumentar o policiamento para o município de Lago da Pedra. Hoje o efetivo é pequeno. Nos últimos meses, em Lago da Pedra, teve sete assassinatos na cidade, muito do que é esperado para um município de 50 mil habitantes.”, destacou.

Situação das UTIs pediátricas devem ser debatidas na Assembleia Legislativa do Maranhão

A assistência à saúde infantil reverberou na Assembleia Legislativa do Maranhão. O caso do menino Pietro acendeu o alerta de uma discussão muito mais ampla acerca da falta de leitos de UTI neonatal e pediátricos, levando também em conta as consequências de uma gravidez sem acompanhamento adequado.

A situação caótica da saúde pública é tema recorrente em gestões municipais e estaduais, mas também é pauta de preocupação e responsabilidade dos poderes legislativos. O deputado estadual Dr. Yglésio (PDT) tratou da assistência à saúde infantil na Assembleia Legislativa do Maranhão na sessão desta terça-feira (12).

“Muitas vezes, os papéis se confundem, mas falo aqui hoje muito mais como médico do que como parlamentar”, disse o médico Yglésio (PDT) logo no inicio de sua fala. Para o deputado é obrigação do parlamentar “fazer o seu melhor para que toda criança tenha a chance de ter sua vida preservada e, mais do que isso, tenha dignidade durante seu atendimento no SUS.”

O parlamentar não deixou de destacar os avanços nos últimos anos na assistência à saúde, como abertura de novos leitos. “É inegável que houve avanços nos últimos anos dentro da assistência à saúde do Maranhão. Inauguração de novos hospitais, elaboração de programas de maior assistência e democratização do acesso principalmente”, lembrou.

“Mas os avanços não podem nos cegar quanto a necessidade de vencer os retrocessos. É inegável que tem um problema muito sério hoje com os leitos de UTI neonatal vão com as crianças com até trinta dias de vida quanto os de UTI pediátrica”, pontuou Yglésio.

Dados

No Maranhão tem um déficit de 274 leitos de UTI neonatal, uma proporção de 1,18 leito pediátrico por cada 10 mil habitantes pediátricos. No sudeste a proporção é 4 para cada 10 mil habitantes pediátricos.

O Hospital Materno Infantil é a única unidade do estado a realizar procedimentos, tais como broncoscopia infantil e é referência em neurocirurgia infantil.

Atualmente há 10 leitos de UTI pediátrica, 42 leitos em UTI neonatal e 10 leitos de cuidados canguru. A rede estadual conta com 19 UTIs pediátricas e 105 UTIs neonatal.

Outro ponto

Na abertura da I Conferência Livre da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, o deputado mostrou preocupação na atenção básica. “Nós estamos perdendo nossas crianças por falta de atenção básica no pré-natal”, destacou.

“A gente sabe que o Brasil é um país que ainda não conseguiu de fato exercer na plenitude a da atenção básica. A gente vive ainda um paradigma de saúde hospitalizada que é cara que muitas vezes ela não é resolutiva porque ela já pega o problema numa fase muito avançada”, disse o deputado.

Dr. Yglésio inicia trabalhos como vice-presidente da Comissão de Saúde da AL

O deputado estadual Dr. Yglésio (PDT) iniciou às atividades como vice-presidente da Comissão de Saúde, na manhã desta quarta-feira (27), na Assembleia Legislativa do Maranhão (Cohafuma).

Como pauta da reunião de instalação da Comissão para 2019, os parlamentares analisaram projetos de iniciativa do Legislativo e do Executivo, entre eles, o projeto governamental que versa sobre a reestruturação do Conselho Estadual de Saúde.

“Neste primeiro dia de trabalho à frente desta Comissão, discutimos sobre a situação do Sistema de Saúde e as perspectivas para 2019. Foi uma reunião frutífera com a composição de demais parlamentares com competência e capacidade para somar esforços e tratar das problemáticas que competem a Assembleia Legislativa”, avaliou o vice-presidente.

Os membros da comissão dialogaram sobre a construção de uma agenda de visitas às unidades da rede pública de Saúde, na capital e no interior do estado, para verificar e conhecer as condições de funcionamento, atendimento e qualidade de serviços à população.

“Começamos os trabalhos com a aprovação de importantes requerimentos de audiência pública, e ainda a programação de uma agenda de visitas aos hospitais e casas da rede pública de saúde, logo após as festividades de carnaval. Nos próximos dias vamos votar um projeto de minha autoria que dá incentivo no ICMS a empresas que apoiarem os projetos de saúde no Maranhão”, informou o parlamentar.

Estiveram presentes na reunião, os deputados Antonio Pereira (DEM), Adriano Sarney (PV), Felipe dos Pneus (PRTB) e Rildo Amaral (Solidariedade).

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Ainda na tarde de hoje (27), Dr. Yglésio participou da audiência pública sobre “Políticas públicas e atendimento nos hospitais do Maranhão para doenças raras e genéticas”, proposta pelo deputado Wellington do Curso (PSDB), ocorrida no Plenarinho da Casa.