Oftalmologistas denunciam exercício ilegal da medicina

A Associação Maranhense de Oftalmologia (AMO) denunciou o desvio de função do optometrista e o exercício ilegal da medicina. A associação, presidida pelo médico Dr. Mário Menezes, fez representação no Conselho Regional de Medicina do Maranhão. A mesma denuncia chegou no gabinete do deputado estadual Dr. Yglésio.

Os oftalmologistas dizem, em documento, que o “os profissionais estão exercendo ilegalmente a medicina através de prescrição de óculos e lentes de contato” em endereço na Rua Grande, local com concentração de óticas. Os médicos oftalmologistas pedem a “devida apuração dos fatos dentro das competências legais” do CRM.

Na Tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Dr. Yglésio utilizou-se do expediente desta segunda-feira (10) para reverberar a denuncia da AMO. Segundo o parlamentar o exercício ilegal da medicina pode causar prejuízos à saúde pública.

“Existe uma série de patologias que o optometrista, que é um profissional técnico e não tem nenhuma condição de determinar aquilo, portanto, gerando possibilidades de prejuízos gravíssimos à saúde da população”, disse o Dr. Yglésio no Plenário da Assembleia Legislativa.

“É muito claro: a prescrição de óculos e lentes de contato é atividade privativa do médico, principalmente do médico oftalmologista, que faz uma residência hoje de três anos no mínimo, além das subespecialidades que pode fazer.”, alertou o parlamentar.

O deputado Dr. Yglésio disse que vai acompanhar o caso pela Comissão de Saúde do parlamento maranhense e que vai combater a atuação indevida da medicina.

Yglésio pede CPI para investigar transferências suspeitas no curso de Medicina da UEMA

Doenças psicológicas e distância da família são os principais motivos que levaram a Justiça conceder liminares para que alunos que não passaram pelo tradicional processo seletivo da Universidade Estadual do Maranhão fossem matriculados no Curso de Medicina da UEMA (Campus Caxias). A denúncia de alunos e professores chegaram ao conhecimento do gabinete do deputado estadual Dr. Yglésio (PDT). 

Diante o exposto, o parlamentar maranhense acredita que a instalação de uma Comissão de Parlamentar de Inquérito (CPI das Transferências Universitárias) é a melhor alternativa para investigar essas transferências externas que tem como alvo o curso de medicina da UEMA.  O deputado Dr. Yglésio já colheu 15 assinaturas para abertura da CPI e o requerimento deve ser protocolado nos próximos dias.

Os universitários, segundo a denúncia, são alunos de faculdades e universidades estrangeiras que estão sendo matriculados no curso de Medicina da UEMA extrapolando a capacidade de cada turma que é de 35 alunos. Há turmas superlotadas com as decisões proferidas. Importante destacar que não há edital que garanta a transferência externa de alunos. “Não é menosprezar o problema de depressão. Mas quando você tem 17 decisões no mesmo sentido, todas as medidas liminares concedidas pelo mesmo magistrado. Nós começamos a ver problema em um curto horizonte”, disse o deputado Dr. Yglésio (PDT) em tribuna. 

O parlamentar destacou que a UEMA não pode ser vítima de sucateamento do ensino superior, em especial no curso de medicina. “As universidades têm que estar preparadas para receber os estudantes e isso demanda infraestrutura. Tem que ter laboratório suficiente para os estudantes.

Garantir uma estrutura que seja compatível com a quantidade de alunos.”, defendeu Yglésio.