A medalha da discórdia e a liberdade de expressão

Hoje, a Assembleia Legislativa concedeu a medalha de mérito cultural João do Vale ao cantor maranhense Bruno Shinoda, indicada pelo deputado Adriano, porém aprovada por toda a Casa. Tive a oportunidade de presidir parte da sessão de entrega, a pedido do proponente da homenagem. Certa vez,  assisti um show do autoproclamado “Imperador”; confesso que não faz parte da minha preferência musical, mas também nada que eu seja contra ou critique.

Evoluí muito como pessoa no sentido de não criticar nenhum estilo, afinal a musicalidade guarda em si um sentido bem amplo. De tanto escutar Juliana cantando e ouvindo sertanejo, confesso que até gosto de alguns, mas vamos ao ponto. Tenho uma assessora que admiro muito, tanto pelo intelecto quanto pela personalidade forte, a Mylla, que postou logo que soube da homenagem uma crítica bem ácida em seu Twitter. Foi aplaudida e bombardeada por várias pessoas.

Outro assessor meu, muito querido, o Pedrinho postou uma foto no Twitter favorável à medalha. Alguns seguidores do deputado Adriano inclusive me criticaram sem eu nem ter-me manifestado; alguns vieram me marcar na publicação da Mylla pra que eu intervisse como se fosse dono da opinião dela. Acredito que ela não xingou ninguém e nem argumentou contra a pessoa do deputado, que é um colega que gosto bastante, inclusive, apesar de algumas vezes termos embates em plenário, por conta das opiniões divergentes.  

Por falar em divergências, Adriano e César outro dia fizeram o maior escarcéu por conta de uma medalha que eu quis oferecer ao Sr. Sasakawa, que já investiu mais de 200 milhões de dólares na luta contra a hanseníase no mundo, mas tudo bem, águas passadas. Olhamos pra frente e respeitamos as opiniões das pessoas, mas respeitamos mais ainda o direito destas expressa-las, desde que não utilizem ofensas.

Tenho muito orgulho da minha assessoria e deixo-lhes muito tranquilos pra expressarem suas posições pessoais, afinal a Assembleia Legislativa e o povo do Maranhão lhes pagam pra realizarem seus trabalhos com dedicação (e o fazem com brilhantismo), mas nunca pra lhes dobrar a liberdade e calar suas consciências. Se nós políticos somos avaliados o tempo todo, os músicos precisam estar preparados pra críticas quanto ao seu trabalho. Na minha equipe, tem fã do Shinoda e há quem odeie o trabalho dele, mas tem acima de tudo, liberdade de pensamento e expressão!

Segue o baile!!!